Capa do livro Eu Vou Te Ensinar a Ser Rico de Ben Zruel, edição em português, publicada em 2016.

Provavelmente já passou na sua cabeça a seguinte indagação:  Por que algumas pessoas conseguem construir patrimônio enquanto outras permanecem eternamente endividadas, mesmo ganhando salários semelhantes? A resposta está menos no valor da renda e mais nos hábitos e na mentalidade financeira. No best-seller “Eu vou te ensinar a ser rico”, Ben Zruel desmistifica o caminho para a independência financeira através de um método prático e acessível. Este livro, que já está em sua 10ª edição, oferece uma abordagem revolucionária que promete ajudar qualquer pessoa a quitar dívidas em apenas doze meses e iniciar a construção de sua liberdade financeira, independentemente do salário atual. Ao contrário do que muitos imaginam, o verdadeiro segredo não está em ganhar mais, mas em gerenciar melhor o que você já possui.

Qual é a verdadeira definição de riqueza segundo Ben Zruel?

Logo nas primeiras páginas do livro, Ben Zruel estabelece um conceito fundamental: “Ricos não correm atrás de dinheiro. Correm atrás de liberdade!”. Esta afirmação revoluciona a percepção tradicional de riqueza, que geralmente está associada a posses materiais e demonstrações de status. Para o autor, a verdadeira riqueza está na liberdade de escolher como usar seu tempo, sem a necessidade de trabalhar todos os dias apenas para sobreviver financeiramente.

A classe média brasileira frequentemente vive uma ilusão de prosperidade. Pessoas compram carros de luxo financiados em 60 parcelas, moram em casas que comprometem metade de sua renda e mantêm um estilo de vida que as obriga a trabalhar incessantemente apenas para manter as aparências. Esta é a escravidão financeira moderna, onde as pessoas vivem para pagar contas e sustentar um padrão artificial que as mantém presas a empregos que muitas vezes detestam.

“Encontrar o padrão correto é um dos passos para a riqueza”, afirma Ben Zruel. Esta perspectiva desafia a cultura do consumismo desenfreado que domina nossa sociedade. Quando você entende que riqueza significa independência e não acumulação de bens, o primeiro passo para a transformação financeira já foi dado.

Por que a mentalidade é o primeiro pilar da independência financeira?

Segundo Ben Zruel, existem quatro pilares fundamentais que sustentam a independência financeira: mentalidade, administração financeira, quitação de dívidas e investimentos. Destes, a mentalidade é o alicerce sobre o qual todos os outros se constroem.

“Tem pessoas que reclamam da crise, dos juros, dos impostos. Antes da crise algumas pessoas ficaram ricas e outras não. O que pode levar você a ser rico ou pobre é a sua mentalidade“, explica o especialista. Esta observação é particularmente relevante no contexto brasileiro, onde muitos atribuem sua situação financeira exclusivamente a fatores externos.

A transformação começa quando você para de culpar as circunstâncias e assume o controle de suas decisões financeiras. Uma pessoa com mentalidade de prosperidade:

  • Reconhece que seus hábitos financeiros são escolhas, não imposições

  • Entende que cada pequena decisão diária tem impacto em sua saúde financeira

  • Vê o dinheiro como uma ferramenta para construção de liberdade, não como um fim em si mesmo

  • Está disposta a sacrificar prazeres imediatos por segurança e liberdade no futuro

  • Busca constantemente educação financeira para melhorar suas decisões

Para desenvolver esta mentalidade, o primeiro passo é reconhecer seus padrões atuais. Pergunte-se: suas decisões financeiras estão construindo liberdade ou apenas mantendo aparências? Você está trocando seu tempo e energia por itens que realmente valoriza ou apenas tentando impressionar pessoas com quem não se importa?

Como a falta de educação financeira mantém os brasileiros endividados?

Uma das observações mais impactantes que Ben Zruel traz em seu livro é sobre a falta de conhecimento financeiro dos brasileiros. “Segundo o Banco Mundial, o brasileiro está entre os povos com menos conhecimento na área financeira. A falta de saber sobre as regras dos bancos e dos agentes financeiros levam as famílias a passarem por dificuldades”.

Esta lacuna educacional se manifesta de várias formas, sendo uma das mais nocivas a normalização de juros estratosféricos. “O brasileiro não tem a noção exata dos juros absurdos do cheque especial, pois já nasceu nessa realidade e acha isso normal. Para vocês terem uma ideia em anos atrás, em Israel, os juros do cheque especial era 6% ao ano e o governo achava abusivo. Já no Brasil era 8% ao mês e hoje já está em 13%”.

O desconhecimento sobre como funcionam os produtos financeiros cria um terreno fértil para armadilhas que perpetuam o ciclo de endividamento. Muitas pessoas:

  • Utilizam o limite do cartão de crédito como extensão da renda, sem compreender o impacto dos juros rotativos

  • Fazem empréstimos novos para pagar dívidas antigas, criando uma bola de neve financeira

  • Desconhecem alternativas de crédito mais baratas que poderiam reduzir drasticamente o custo de suas dívidas

  • Não sabem calcular o real impacto de parcelas e financiamentos no orçamento mensal a longo prazo

Ben Zruel descreve essa situação como “um jogo, onde você joga a vida toda e muitas vezes não está sabendo o que fazer. Lidar com dinheiro não é fácil e é preciso saber. É necessário tempo e energia para aprender como cuidar do seu dinheiro”.

Quais são os passos práticos para sair das dívidas em 12 meses?

Um dos principais atrativos do método de Ben Zruel é a promessa de ajudar o leitor a sair das dívidas em apenas 12 meses, independentemente de sua situação atual. Para isso, ele apresenta um plano estruturado que começa com uma avaliação honesta da realidade financeira.

Registre todos os seus gastos

O primeiro passo incontornável para qualquer transformação financeira é saber exatamente para onde está indo seu dinheiro. “Anote todas as suas despesas, desde as maiores até as menores – isso inclui contas fixas como aluguel e água, e gastos variáveis, como compras no supermercado e pequenas despesas diárias”.

Esta clareza é fundamental para identificar padrões de comportamento que estão sabotando sua saúde financeira. Muitas pessoas se surpreendem ao descobrir que pequenos gastos diários, como um café na padaria ou lanches por delivery, somam centenas de reais ao final do mês.

Organize suas finanças em categorias

Após registrar os gastos, o próximo passo é organizá-los de forma estruturada:

“Separe suas despesas em categorias:

  • Fixas: aquelas que não mudam todo mês;

  • Variáveis: que podem mudar de um mês para o outro;

  • Extraordinárias: gastos esporádicos e emergenciais”.

Esta categorização permite identificar com precisão quais áreas do seu orçamento estão consumindo recursos de forma desproporcional e onde existem oportunidades de economia.

Estabeleça metas claras e realistas

Com uma visão clara de sua situação financeira, você pode estabelecer objetivos concretos. “Defina objetivos claros e mensuráveis, como pagar uma dívida específica primeiro, poupar uma quantia determinada por mês para quitar uma dívida à vista ou reduzir determinados gastos por um período”.

Ben Zruel recomenda priorizar as dívidas com juros mais altos, geralmente associadas a cartões de crédito e cheque especial. A estratégia de “bola de neve” (pagar primeiro as menores dívidas para criar momentum) ou “avalanche” (focar nas dívidas com maiores juros) são abordagens eficazes dependendo do seu perfil psicológico.

Elimine gastos desnecessários

Uma das medidas mais importantes para acelerar a quitação de dívidas é cortar despesas supérfluas. “No momento em que o seu foco é sair do endividamento, algumas prioridades devem ser revistas. Considere então substituir atividades de lazer mais caras por alternativas gratuitas ou mais baratas, como passeios ao ar livre ou encontros em casa com amigos”.

A chave aqui não é viver com privações extremas, mas fazer escolhas conscientes que alinhem seus gastos com seus verdadeiros valores e objetivos. Muitas vezes, descobrimos que assinaturas de serviços que raramente usamos, refeições fora de casa por conveniência ou compras impulsivas estão drenando recursos que poderiam estar construindo nossa liberdade.

Envolva a família no processo

Sair das dívidas não é uma jornada individual quando se vive em família. “É importante conversar com os familiares sobre a situação financeira e a necessidade de economizar para o bem de todos. Explique as metas e peça a colaboração de todos para reduzir despesas. Quando todos estão alinhados e comprometidos, fica mais fácil alcançar os objetivos e evitar novos gastos desnecessários”.

Esta transparência cria um ambiente de cooperação e evita conflitos causados por expectativas desalinhadas sobre gastos e prioridades financeiras.

Como usar o cartão de crédito a seu favor em vez de ser escravizado por ele?

Uma questão central no livro de Ben Zruel é a relação dos brasileiros com o cartão de crédito. Ele propõe uma pergunta provocativa: “Cartão de crédito: vilão ou mocinho?”. A resposta depende inteiramente de como você utiliza essa ferramenta.

Para muitos brasileiros, o cartão de crédito se tornou uma extensão da renda, utilizado para manter um padrão de vida acima de suas possibilidades reais. Quando o pagamento mínimo se torna a norma, os juros rotativos criam uma espiral de endividamento praticamente impossível de escapar sem um plano estruturado.

Ben Zruel oferece diretrizes claras para usar o cartão de crédito de forma estratégica:

  • Nunca use o rotativo: Pague sempre o valor integral da fatura, evitando a todo custo os juros rotativos que podem ultrapassar 400% ao ano.

  • Entenda o cartão como ferramenta de organização, não de crédito: Use-o para centralizar gastos e facilitar o controle, não para estender artificialmente sua capacidade de consumo.

  • Aproveite benefícios sem cair em armadilhas: Programas de pontos, cashback e outros benefícios podem ser vantajosos, desde que você não aumente seus gastos apenas para acumulá-los.

  • Estabeleça limites autoimpostos: Mesmo que seu limite seja alto, defina mentalmente um valor máximo que represente o que você pode efetivamente pagar ao final do mês.

  • Monitore constantemente os gastos: Utilize aplicativos dos bancos para acompanhar em tempo real seus gastos no cartão, evitando surpresas na fatura.

Quando usado corretamente, o cartão de crédito pode ser um aliado na organização financeira, oferecendo benefícios, maior segurança nas compras e facilitando o rastreamento de gastos. O problema não está no instrumento, mas na forma como é utilizado.

Qual é a melhor escolha: aluguel ou financiamento da casa própria?

Uma das questões mais complexas abordadas no livro é a decisão entre continuar pagando aluguel ou partir para o financiamento da casa própria. Ben Zruel desafia a sabedoria convencional de que “pagar aluguel é jogar dinheiro fora”, apresentando uma análise mais sofisticada da questão.

Segundo o autor, esta decisão não deve ser tomada com base em emoções ou pressões sociais, mas em uma análise racional que considere:

  • O custo efetivo do financiamento ao longo de décadas, incluindo juros, seguros, taxas e impostos

  • O valor real do imóvel como investimento versus alternativas de aplicação financeira

  • A flexibilidade necessária para seu estilo de vida e objetivos profissionais

  • Os custos ocultos da propriedade, como manutenção, condomínio, IPTU e reformas

  • Sua fase de vida atual e planos futuros para família e carreira

Ben Zruel propõe que, em muitos casos, continuar no aluguel e investir a diferença (entre o valor da parcela do financiamento e o aluguel) pode ser matematicamente mais vantajoso a longo prazo. Esta abordagem contraintuitiva é especialmente relevante em um país onde a casa própria é vista quase como uma obrigação social, independentemente do impacto financeiro real.

O livro apresenta um método de cálculo para determinar qual opção faz mais sentido para cada situação específica, considerando região, taxa de juros do financiamento, potencial de valorização do imóvel e oportunidades alternativas de investimento.

Onde e como investir para construir sua liberdade financeira?

Uma vez que as dívidas estejam sob controle e um fundo de emergência estabelecido, o próximo passo é iniciar os investimentos que construirão sua liberdade financeira. Ben Zruel aborda as principais opções disponíveis para o investidor brasileiro, com foco em “renda fixa, imóveis e internet”.

Renda fixa como base de segurança

Para iniciantes, a renda fixa oferece uma combinação atraente de segurança e previsibilidade. O autor recomenda começar por investimentos como:

  • Tesouro Direto, especialmente títulos indexados à inflação para proteção do poder de compra

  • CDBs de bancos sólidos, preferencialmente com garantia do FGC

  • LCIs e LCAs, que combinam segurança com isenção de imposto de renda para pessoa física

Estes investimentos permitem construir uma base sólida enquanto o investidor desenvolve conhecimento e confiança para opções mais sofisticadas.

Imóveis como investimento (não como moradia)

Ben Zruel faz uma distinção importante entre comprar imóveis para morar e para investir. Como investimento, os imóveis podem ser uma excelente alternativa, desde que:

  • A análise considere todos os custos envolvidos (manutenção, vacância, impostos, etc.)

  • A localização tenha potencial de valorização e liquidez

  • O rendimento líquido (aluguel menos despesas) seja competitivo com outras alternativas

  • O investidor não comprometa excessivamente seu capital em um único ativo

Para muitas pessoas, fundos imobiliários (FIIs) representam uma alternativa mais acessível e líquida para exposição ao mercado imobiliário.

Internet e negócios digitais

Uma abordagem mais contemporânea que Ben Zruel discute é o investimento em negócios digitais e oportunidades na internet. Estes podem incluir:

  • Criação de conteúdo monetizável (blogs, canais, cursos online)

  • E-commerce e marketplaces

  • Desenvolvimento de aplicativos e soluções digitais

  • Marketing de afiliados e outras formas de renda passiva online

Esta categoria requer educação específica e desenvolvimento de habilidades, mas pode oferecer retornos significativamente superiores aos investimentos tradicionais.

O autor enfatiza a importância da diversificação e do alinhamento entre os investimentos escolhidos e o perfil, objetivos e horizonte temporal de cada pessoa. Não existe uma fórmula universal – o sucesso vem da estratégia personalizada que considera suas circunstâncias específicas.

Como evitar a armadilha do consumismo e da busca por status?

Um dos insights mais profundos do livro de Ben Zruel é sua análise sobre como o consumismo e a busca por status social sabotam a construção de riqueza. “A maioria das pessoas vivem num padrão de vida incorreto e nunca terão sua independência financeira. Passam a vida demonstrando um status que não possuem. Encontrar o padrão correto é um dos passos para a riqueza”.

O autor observa que existe uma distinção fundamental entre as classes sociais em sua relação com o dinheiro: “a camada pobre da sociedade corre atrás da sua sobrevivência, a classe média vive de status”. Esta observação explica por que muitas pessoas da classe média, mesmo com renda relativamente alta, nunca alcançam segurança financeira.

Para escapar desta armadilha, Ben Zruel propõe um realinhamento de valores:

Defina o que realmente importa para você

O primeiro passo é fazer uma reflexão honesta sobre o que genuinamente traz satisfação e significado para sua vida. Muitas vezes, descobrimos que nossos gastos estão desalinhados de nossos valores profundos, direcionados para impressionar pessoas cuja opinião não deveria importar.

Pratique o consumo consciente

Antes de cada compra significativa, faça perguntas como:

  • Este item vai genuinamente melhorar minha qualidade de vida?

  • Estou comprando por necessidade, desejo genuíno ou pressão social?

  • Como esta compra afeta meus objetivos de longo prazo?

  • Quanto tempo de minha vida (trabalho) estou trocando por este item?

Encontre seu “número suficiente”

Ben Zruel enfatiza a importância de identificar qual é seu “número suficiente” – o padrão de vida que proporciona conforto e satisfação genuína sem excessos desnecessários. Este número varia enormemente de pessoa para pessoa e não deve ser determinado por comparações sociais.

Redefina sucesso em seus próprios termos

O verdadeiro sucesso financeiro não está em possuir mais, mas em precisar de menos enquanto desfruta plenamente da vida. Quando você redefine sucesso como liberdade, tempo e autonomia (em vez de bens materiais), suas decisões financeiras naturalmente se alinham com este objetivo.

Conclusão: Como aplicar os ensinamentos de Ben Zruel em sua vida diária?

O livro “Eu vou te ensinar a ser rico” não é apenas um manual de finanças – é um convite para uma transformação profunda na sua relação com o dinheiro. A mensagem central de Ben Zruel é que a verdadeira riqueza está na liberdade que o dinheiro bem administrado proporciona, não nas posses que ele pode comprar.

Para aplicar os ensinamentos do livro, comece com pequenas mudanças consistentes. Implemente um sistema simples de registro de gastos, estabeleça metas claras para quitação de dívidas e crie o hábito de revisar regularmente seu progresso. Lembre-se que a transformação financeira é uma maratona, não uma corrida de 100 metros – a consistência supera a intensidade.

O mais revolucionário nos ensinamentos de Ben Zruel talvez seja a desmistificação da ideia de que você precisa de uma renda extraordinária para alcançar liberdade financeira. Seu método prova que pessoas com rendas modestas, mas disciplina e conhecimento adequados, podem construir patrimônio e segurança financeira. Como ele mesmo afirma, “viver sem precisar trabalhar todos os dias não é um sonho impossível”.

A jornada para a liberdade financeira começa com uma decisão – a decisão de assumir responsabilidade por seu futuro financeiro e iniciar hoje mesmo as mudanças necessárias. Como Ben Zruel enfatiza: “Ou você toma uma atitude ou a vida toma por você”. A escolha, como sempre, é sua.

Perguntas Frequentes

O que significa realmente ser rico segundo Ben Zruel?
Ser rico significa ter liberdade para escolher como usar seu tempo, sem ser escravo do trabalho apenas para pagar contas e dívidas.

É possível sair das dívidas em 12 meses mesmo com renda baixa?
Sim, seguindo os quatro pilares propostos por Ben Zruel e fazendo os ajustes necessários no padrão de vida.

Qual a principal causa do endividamento da classe média?
O consumismo e a busca por status social, que levam as pessoas a viverem acima de suas possibilidades reais.

Como saber se devo comprar ou alugar um imóvel?
Calcule o custo total do financiamento versus aluguel + investimento da diferença, considerando sua fase de vida e necessidade de mobilidade.

Qual o primeiro passo para mudar minha vida financeira?
Registrar todos os gastos para ter clareza total sobre para onde está indo seu dinheiro e identificar padrões problemáticos.

Por que a mentalidade é tão importante para a riqueza?
A mentalidade determina suas decisões diárias sobre dinheiro, que acumuladas ao longo do tempo definem sua situação financeira.

Como usar o cartão de crédito de forma inteligente?
Use-o como ferramenta de organização, pague sempre o valor integral e nunca como extensão da sua renda ou para manter status.

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